quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Administração de Materiais e Gestão de Estoques



Olá pessoal...

Hoje vou falar de um assunto que ainda cai pouco em concursos, mas que alguns cargos (como analistas de tribunais) já vêm pedindo e por isso precisamos estar atentos...

Vou introduzir a Administração de Materiais e a Gestão de Estoques

Podemos definir a administração de materiais como o ato de administrar os materiais que são utilizados pelas empresas ou órgãos públicos de forma a fornecer o material certo e na hora certa.

Para que serve a administração de materiais? Simples: para maximizar a utilização dos recursos da empresa, evitando ao máximo o desperdício.

Para realizar uma boa administração de materiais, precisamos primeiramente diferenciar materiais e patrimônio: Os materiais são os produtos; de uma maneira geral, são os produtos usados na empresa, como materiais de escritório, combustíveis para os veículos e máquinas, entre outros. Já o patrimônio é aquilo que agrega à empresa, como os veículos, o prédio da empresa, os computadores, as mesas, entre outros.

Também precisamos ter em mente o que vem a ser material de consumo e material permanente. A principal diferença entre os dois é quanto ao tempo de uso (o material permanente tem uso superior a 2 anos), mas outras características são essenciais para distingui-los:
- Durabilidade: Os materiais de consumo não tem durabilidade maior que 2 anos.
- Fragilidade: Os materiais de consumo são quebradiços ou deformáveis.
- Incorporabilidade: Os materiais permanentes dependem de outro bem, como os equipamentos precisam de óleo.
- Pericibilidade: Os materiais de consumo são perecíveis ou acabam se deteriorando facilmente.
- Transformabilidade: São adquiridos para o fim de transformação.

Para começar a organizar os materiais, primeiramente devemos seguir as etapas de classificação dos materiais a serem estocados ou gerenciados. As etapas são:
- Catalogação: É o cadastro de todos os itens existentes no estoque.
- Simplificação: Serve pra unir itens que tem a mesma finalidade, diminuindo a complexidade do estoque.
- Normatização: Normas para fazer a separação dos produtos dentro da empresa. (Através da ABNT)
- Especificação: Quanto mais especificação tiver o produto, mas fácil encontra-lo.
- Padronização: Importante para empresa e para mercado saberem sobre o produto. É uma uniformização.
- Codificação: Cada produto tem um código de números para fácil localização.

Em seguida, é a hora de classificarmos os produtos quanto à importância para a empresa.
Temos várias classificações usadas para essa finalidade, mas as mais importantes são:
- Curva XYZ: Nesta classificação, temos os produtos X como os menos essenciais. Eles não causarão grandes problemas para produção caso faltem e, mesmo se faltarem, podem ser adquiridos com facilidade. Os produtos Y são de nível intermediário, pois sua falta causa alguns problemas para a empresa e não é tão fácil supri-los. Já os produtos Z são os mais importantes para a empresa, porque sem eles a produção para e é difícil adquiri-los rapidamente, causando grandes transtornos.

- Teoria de Pareto / Teoria ABC / Teoria 80/20: Nesta classificação, temos que os produtos importantes em termos de custos são aqueles com pouco estoque, ou seja, menos de 20% dos produtos custam mais de 80% do valor estocado e os outros 80% do estoque tem custo de apenas 20% para a empresa. Assim, deve-se preocupar e atenção especial a esses 20% que tem alto custo.

Estoque e Gestão de Estoque
Essas classificações que vimos acima são feitas em produtos estocados pela empresa, mas o que é estoque?

Estoque é o ato de guardar produtos ou itens com o intuito de utilização no futuro, ou seja, guardar para não correr o risco de faltar algum material e assim atrapalhar o andamento da produção da empresa.

Os estoques, porém, tem um custo para sua manutenção, como aluguel com local para a armazenagem, gastos com luz, equipamentos, salário dos funcionários que gerenciam o estoque, entre outros.

Pensando nisso, o estoque possui três tipos de custos, segundo os teóricos:
- Custos diretamente proporcionais: Quanto maior o estoque, maior o custo. O exemplo clássico é o caso dos itens para a produção de certo serviço. Quanto mais a empresa guarda desse produto, mais custo tem com o estoque, já que requer maior espaço, mais pessoas para a manutenção, etc..
- Custos inversamente proporcionais: Quanto maior o estoque, menos o custo. O exemplo que podemos dar é o custo de telefone. Se fizermos um pedido grande, o custo com o telefone diminuirá, já que não será preciso ficar ligando para fazer vários pedidos pequenos.
- Custos independentes: São os custos que independentemente de ter ou não produtos ou itens armazenados, estão presentes na gerência dos estoques. Exemplos: aluguel do balcão de armazenagem. Embora não tenham produtos no momento, o aluguel é pago da mesma forma.

Atenção: O custo do estoque nunca será zero porque eliminamos os custos diretamente proporcionais. Isso acontece devido aos custos independentes continuarem a existir. Assim, devem-se diminuir os custos com estoque, mas o custo não chega a ser zero. As bancas dos concursos adoram falar em ZERAR O CUSTO DO ESTOQUES....isso é a maior pegadinha.

Bom, para iniciarmos o assunto é isso...

A matéria é bem tranquila, mas precisamos saber alguns conceitos e vez ou outra coloco alguns aqui pra vocês, ok?!

Se quiserem se aprofundar ou tiverem alguma dúvida quanto ao que estudamos, é só entrar em contato.


Abraços, bons estudos e Afinco!!

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