Olá pessoal...
Hoje vou falar de um assunto que ainda cai
pouco em concursos, mas que alguns cargos (como analistas de tribunais) já vêm
pedindo e por isso precisamos estar atentos...
Vou introduzir a Administração de
Materiais e a Gestão de Estoques
Podemos definir a administração de
materiais como o ato de administrar os materiais que são utilizados pelas
empresas ou órgãos públicos de forma a fornecer o material certo e na hora certa.
Para que serve a administração de
materiais? Simples: para maximizar a utilização dos recursos da empresa,
evitando ao máximo o desperdício.
Para realizar uma boa administração de
materiais, precisamos primeiramente diferenciar materiais e patrimônio: Os
materiais são os produtos; de uma maneira geral, são os produtos usados na
empresa, como materiais de escritório, combustíveis para os veículos e
máquinas, entre outros. Já o patrimônio é aquilo que agrega à empresa, como os
veículos, o prédio da empresa, os computadores, as mesas, entre outros.
Também precisamos ter em mente o que vem a
ser material de consumo e material permanente. A principal diferença entre os
dois é quanto ao tempo de uso (o material permanente tem uso superior a 2
anos), mas outras características são essenciais para distingui-los:
- Durabilidade: Os materiais de consumo não tem
durabilidade maior que 2 anos.
- Fragilidade: Os materiais de consumo são
quebradiços ou deformáveis.
- Incorporabilidade: Os materiais permanentes dependem de
outro bem, como os equipamentos precisam de óleo.
- Pericibilidade: Os materiais de consumo são perecíveis
ou acabam se deteriorando facilmente.
- Transformabilidade: São adquiridos para o fim de
transformação.
Para começar a organizar os materiais,
primeiramente devemos seguir as etapas de classificação dos materiais a serem
estocados ou gerenciados. As etapas são:
- Catalogação:
É o cadastro de todos os itens existentes no estoque.
- Simplificação:
Serve pra unir itens que tem a mesma finalidade, diminuindo a complexidade do
estoque.
- Normatização: Normas para fazer a separação dos
produtos dentro da empresa. (Através da ABNT)
- Especificação: Quanto mais especificação tiver o
produto, mas fácil encontra-lo.
- Padronização: Importante para empresa e para mercado
saberem sobre o produto. É uma uniformização.
- Codificação: Cada produto tem um código de números
para fácil localização.
Em seguida, é a hora de classificarmos os
produtos quanto à importância para a empresa.
Temos várias classificações usadas para
essa finalidade, mas as mais importantes são:
- Curva
XYZ: Nesta classificação,
temos os produtos X como os menos essenciais. Eles não causarão grandes
problemas para produção caso faltem e, mesmo se faltarem, podem ser adquiridos
com facilidade. Os produtos Y são de nível intermediário, pois sua falta causa
alguns problemas para a empresa e não é tão fácil supri-los. Já os produtos Z
são os mais importantes para a empresa, porque sem eles a produção para e é difícil
adquiri-los rapidamente, causando grandes transtornos.
- Teoria
de Pareto / Teoria ABC / Teoria 80/20: Nesta classificação, temos que os
produtos importantes em termos de custos são aqueles com pouco estoque, ou
seja, menos de 20% dos produtos custam mais de 80% do valor estocado e os
outros 80% do estoque tem custo de apenas 20% para a empresa. Assim, deve-se
preocupar e atenção especial a esses 20% que tem alto custo.
Estoque e Gestão de Estoque
Essas classificações que vimos acima são
feitas em produtos estocados pela empresa, mas o que é estoque?
Estoque é o ato de guardar produtos ou
itens com o intuito de utilização no futuro, ou seja, guardar para não correr o
risco de faltar algum material e assim atrapalhar o andamento da produção da
empresa.
Os estoques, porém, tem um custo para sua
manutenção, como aluguel com local para a armazenagem, gastos com luz,
equipamentos, salário dos funcionários que gerenciam o estoque, entre outros.
Pensando nisso, o estoque possui três
tipos de custos, segundo os teóricos:
- Custos
diretamente proporcionais: Quanto
maior o estoque, maior o custo. O exemplo clássico é o caso dos itens para a
produção de certo serviço. Quanto mais a empresa guarda desse produto, mais
custo tem com o estoque, já que requer maior espaço, mais pessoas para a
manutenção, etc..
- Custos
inversamente proporcionais: Quanto maior o estoque, menos o custo. O
exemplo que podemos dar é o custo de telefone. Se fizermos um pedido grande, o
custo com o telefone diminuirá, já que não será preciso ficar ligando para
fazer vários pedidos pequenos.
- Custos
independentes: São os custos
que independentemente de ter ou não produtos ou itens armazenados, estão
presentes na gerência dos estoques. Exemplos: aluguel do balcão de armazenagem.
Embora não tenham produtos no momento, o aluguel é pago da mesma forma.
Atenção: O custo do estoque nunca será
zero porque eliminamos os custos diretamente proporcionais. Isso acontece
devido aos custos independentes continuarem a existir. Assim, devem-se diminuir
os custos com estoque, mas o custo não chega a ser zero. As bancas dos
concursos adoram falar em ZERAR O CUSTO DO ESTOQUES....isso é a maior pegadinha.
Bom, para iniciarmos o assunto é isso...
A matéria é bem tranquila, mas precisamos
saber alguns conceitos e vez ou outra coloco alguns aqui pra vocês, ok?!
Se quiserem se aprofundar ou tiverem
alguma dúvida quanto ao que estudamos, é só entrar em contato.
Abraços, bons estudos e Afinco!!